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Depressão pós-canina

Muita gente quer ter um cachorrinho para amar e ser amado de volta, mas é curioso notar que a depressão pós-canina é extremamente comum mesmo em aqueles que sempre desejaram ter um animalzinho para chamar de seu.

Talvez esse seja o seu caso, e você pode estar se percebendo mais triste, nervoso ou deprimido desde que adotou o seu pet, e admitir isso não é vergonha alguma, porque de fato te dá a chance de enfim tratar o problema!

Assim sendo, a seguir nós vamos falar mais sobre a depressão pós-canina e o que você pode fazer para resolver de vez essa questão e se sentir melhor! Vem conferir e se surpreender!

Por que a depressão pós-canina acontece?

Você já reparou que quando decidimos comprar ou adotar um cão, ou ainda quando ganhamos um somos condicionados a pensar apenas nos momentos incríveis que vamos compartilhar com ele?

Esse tipo de idealização é muitíssimo natural e compreensível, e não faz de você um iludido ou tolo, pelo contrário. Só prova que você quer demais o bichinho, mas o problema que vem disso é que muita gente não pensa que ter um cão também é responsabilidade, e muita, na verdade.

Quando o indivíduo não reflete a respeito disso antes de ganhar, comprar ou adotar um cachorro acaba tendo uma surpresa bastante desconfortável no período em que o bicho chega a casa, trazendo consigo não apenas amor, mas também demandas específicas, necessidades que terão que ser atendidas e exigindo sacrifícios pontuais, que nem sempre são fáceis de se aceitar!

A depressão pós-canina é caracterizada, portanto, por um combo de sentimentos e sensações desconfortáveis que surgem a partir dessa situação, e entre elas podemos elencar…

  • A impotência extrema;
  • A tristeza inexplicável;
  • A irritabilidade em um nível alto;
  • A dificuldade de lidar com a falta de privacidade;

Não é à toa que muitos relacionam a depressão pós-canina com a depressão pós-parto, considerando-se as devidas proporções! A semelhança se baseia no fato de que nos dois casos você passa a ter um ser completamente dependente de você na vida, e se antes era uma pessoa independente, acostumada até a ser cuidada, tem que passar a cuidar!

O efeito dessa certeza pode trazer o que há de melhor em todos nós, claro, mas pode ativar desenrolares muito perturbadores e desesperadores em alguns casos, então é importante identificar que isso está acontecendo com você, para depois tratar adequadamente!

Conheça os sintomas mais comuns da depressão pós-canina

A depressão pós-canina é caracterizada por uma série de sintomas, e para saber se você está sofrendo com esse problema o melhor a se fazer é conhecê-los a fundo. Veja a lista abaixo e analise se isso está ocorrendo ou não no seu caso:

  • Você se sente mais ansioso – Você se percebe cada vez mais agitado, e tudo que tem a ver com o animal te gera tensão e até um desconforto;
  • Você se sente mais irritado – Às vezes até as questões mais simples te deixam incomodado e situações fáceis de serem resolvidas acabam te tirando do sério;
  • Você se sente mais frustrado – É quando você pensa que nada está dando certo, e logo avalia que é incapaz de lidar agora com esse nível de responsabilidade;
  • Você se vê incomodado com a ausência de privacidade – Não dá mais para dormir ou estar no banheiro sozinho, por exemplo, e você tem que dar atenção para o animal sempre que possível. Essa privação de privacidade pode perturbar demais em alguns casos;
  • Você não consegue mais dormir – Muitos animais filhotes precisam de mais atenção e carinho, e é comum que eles choraminguem à noite, seja porque estão com fome ou porque querem que você esteja perto deles. Isso pode acabar fadigando o seu tutor, que acaba culpando o cachorro pela falta de descanso;

De que modo você pode resolver a depressão pós-canina?

Ao contrário do que você talvez imagine é possível resolver a depressão pós-canina sem que você tenha que se livrar de uma vez por todas do seu animal. É mais fácil, aliás, solucionar a questão do que simplesmente abandonar o seu cão e depois lidar com todo o arrependimento que isso pode trazer. Assim sendo, abaixo vamos te dar dicas para proceder:

  • Tente se acalmar – Muitas vezes as pessoas se desesperam achando que as responsabilidades com o cão nunca vão diminuir e elas vão sempre sentir tudo que estão sendo agora, mas não é assim. A medida que o seu melhor amigo cresce ele se torna mais independente e se livra de uma série de necessidades. Os bons momentos vão surgir a medida que a fase de adaptação for sendo superada com sucesso;
  • Compartilhe o que sente – Muitos tutores se envergonham de estar sentindo o que estão sentindo, e isso não é bom para ninguém, porque a situação não se resolve e a pessoa segue infeliz e o cão provavelmente também. O melhor que você pode fazer é falar com um amigo a respeito e tentar entender a situação. O ideal é que ele já tenha um cão.

Se não der vale a pena considerar conversar com o seu veterinário a respeito, buscando formas de melhorar a situação e se tudo estiver muito ruim não tenha medo de ir a terapia. Pode valer a pena;

Muitas vezes pensamos que um animal só vai trazer diversão às nossas vidas, mas o fato é que ele será um novo membro da família, que tem menos independência e mais necessidades do que você. Isso exige que mudemos nosso hall de prioridades e repensemos a nossa rotina, adotando novas responsabilidades. São muitas transformações juntas e isso pode ser difícil!

Ainda assim, se você se permitir desabafar e se tiver paciência pode superar com muito sucesso os efeitos da depressão pós-canina, que aos poucos vai te afetar muito menos do que já te afetou um dia e logo você estará habituado à sua vida com o seu cão e poderá aproveitar a melhor parte dela, que é a troca de experiências e de amor, sobre todas as coisas!

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