Você está aqui: Início » Doenças » Bicheira em cães: saiba como evitar a miíase
Bicheira em cachorros

Bicheira em cães: saiba como evitar a miíase

A miíase é o nome clínico utilizado para falar sobre a popular bicheira em cães. A bicheira em cães, ou miíase, é uma infestação de larvas de mosca em tecidos necrosados e expostos dos cães. Isso torna cães com a pele ou carne exposta e que vivam ao ar livre mais propensos a sofrerem do problema. Em especial, cães com machucados ou dejetos em seu pelo e pele correm um risco maior.

Além disso, estão mais expostos os cães com o sistema imunológico enfraquecido por algum motivo. A larvas de moscas são depositadas na pele na forma de ovos, postos quando a mosca pousa no local propício para seu desenvolvimento. Em temperatura e umidade ideais, os ovos chocam em menos de 24 horas.

Veja também – Fungos em cachorros: sintomas, causas e tratamento

As larvas são capazes de furar a pele e a carne em decomposição, alimentando-se por até uma semana do tecido morto. Algumas larvas, no entanto, seguem alimentado-se dos tecidos saudáveis dos animais, perpetuando o problema cada vez mais.

Sintomas de miíase

A bicheira em cães é facilmente observável, bastando atenção e um pouco de cuidado. O problema pode ser encontrado em áreas visivelmente afetadas com feridas ou excesso de umidade e sujeira na pele do animal.

Além disso, é comum que se encontre ovos e pequenas larvas nos locais machucados. Por isso, uma inspeção diária na pele de um animal ferido que viva em condições propícias para o desenvolvimento da condição é suficiente para a observação dos sintomas.

Diagnóstico da bicheira em cães

A identificação do problema geralmente é realizada através de observação visual. Em outras palavras, basta que você ou um veterinário identifique as larvas na pele ou na carne. Os ovos são pequenos e pegajosos, e as larvas recém nascidas costumam parecer pequenos grãos de arroz na pele do animal.

Além de diagnosticar o problema, é sempre útil identificar sua origem, ou seja, procurar infestações de moscas ou locais onde elas estejam se reproduzindo em excesso.

Tratamento da miíase em cachorros

O tratamento da condição em cães envolve a remoção física das larvas, pois elas são bastante resistentes em relação a venenos e medicações. O primeiro passo consiste na raspagem dos pelos em torno da área afetada, para permitir a correta identificação da gravidade real do problema e facilitar o tratamento.

Após a retirada dos pelos, deve-se remover manualmente as larvas e ovos. O procedimento deve ser feito, preferencialmente, por um profissional da veterinária. Embora a remoção não seja exatamente complexa, ela deve ser feita com muito cuidado, e pode levar até algumas horas.

Veja também – Leptospirose em cachorros: sintomas e tratamento

Há inseticidas e venenos que matam as larvas de forma eficiente, mas colocam o cão em risco de envenenamento, especialmente se ele já estiver com a saúde debilitada. Se o veterinário considerar que a opção é segura para o animal, pode-se utilizar diversos tipos de medicamentos contra o parasita.

Após sua remoção e tratamento, a bicheira em cães está oficialmente curada. No entanto, é necessário tratar a pele, tanto para evitar que a miíase volte a acontecer, quanto para evitar infecções perigosas. Por vezes, é necessário remover parte da pele morta. Geralmente utilização a aplicação de remédios tópicos para curar a ferida, que pode incluir efeitos antibióticos e analgésicos.

Prevenção e cuidados

A miíase pode ser prevenida através de alguns cuidados rotineiros. A melhor forma de evitar a bicheira em cães é prevenir doenças de pele e condições de umidade e falta de higiene. Estes fatores tornam geram condições propícias para o desenvolvimento do problema. Todas os machucados e feridas devem ser limpos e tratados rapidamente.

Além disso, resquícios de fezes e urina devem ser limpos dos cães. Cachorros fracos ou debilitados devem ser mantidos, tanto quanto possível, dentro de casa. Eles ficam mais expostos ao desenvolvimento de miíase, pois seu sistema imunológico não é capaz de combater adequadamente possíveis complicações.

Acompanhe nossas dicas